terça-feira, 20 de novembro de 2012

A triste espera de Hachiko


Hidesaburo Ueno foi um professor de faculdade no Japão, mas não foi sua habilidade em ensinar que lhe deixou famoso, e sim seu cachorro, que foi protagonista de uma das mais emocionantes e comoventes histórias de todos os tempos.
Em 1923, nascia Hachiko, um cachorro da raça akita, que em pouco tempo foi adotado por Ueno, que era um grande amante de animais, assim os dois tornaram-se uma dupla inseparável, tanto que todos os dias o cachorro acompanhava seu dono até a estação de Shibuya e no final da tarde, o cão voltava para pegar seu dono e retornar a casa.
Durante mais de um ano eles fizeram isso juntos todos os dias, tanto que o cachorro começou a fazer amizade com algumas das pessoas que também pegavam o trem ali diariamente. Mas apenas um pouco mais de um ano e três meses depois, Hachiko acompanhou seu dono como sempre, mas quando voltou a tarde ele não apareceu.
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Infelizmente Hidesaburo Ueno havia morrido no trabalho, por causa de um derrame. A noite veio e o cachorro continuou lá esperando seu mestre, mas nada dele aparecer. Quando retornou para casa, o cachorro quebrou a porta e entrou na sala onde o seu dono era velado e ficou ao lado do corpo até o último minuto.
Depois do enterro, Hachiko foi levado por um parente do falecido, mas o cão fugiu diversas vezes, sempre indo a antiga casa de seu dono e no fim da tarde a estação, na esperança que Ueno voltasse.
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Como isso acontecia muitas vezes, o cachorro foi dado para o antigo jardineiro de Ueno, que morava mais perto da antiga casa de Hachiko. Porém mesmo assim o cachorro fugia todos os dias, ia até a estação do trem e ficava lá, na chuva e no sol, esperando seu dono e só indo embora quando a fome era grande.
Como todos os dias ele fazia isso, as pessoas que iam à estação começaram a notar o cachorro e alguns mais curiosos descobriram a historia dele, em pouco tempo centenas de pessoas souberam de tudo e Hachiko começou ser cuidado e alimentado pelos usuários do trem.
Contam que ele ficava deitado bem na porta da estação, com as orelhas baixas e o olhar triste todos os dias e quando ouvia o barulho do trem se erguia esperançoso, olhando para todos quehachiko-stuffedpassavam, mas logo vinha à tristeza de novo e ele deitava, esperando o próximo trem e torcendo pela chegada de seu dono. Isso aconteceu todos os dias, durante onze anos em que o cachorro viveu sem seu dono.
Mas antes do seu final, o cachorro se tornou uma estrela com todos os jornais e canais de TV contando sua história. Assim ele se tornou um exemplo de lealdade no Japão inteiro, mostrando que o amor do animal com seu dono é incondicional.
Infelizmente em março de 34, o cachorro faleceu em uma rua lateral a estação, no lugar onde sempre dormia para no outro dia esperar seu dono que nunca voltou.
A triste história correu o país e ainda naquele ano, Tern Ando fez uma estátua em bronze do cachorro, que foi colocada na frente da bilheteira na estação onde ele ficou onze anos esperando por seu dono.
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A estátua original infelizmente não existe mais, pois foi derretida durante Segunda Guerra, mas anos depois filho do escultor que fez a primeira, Takeshi Ando, recriou a obra do seu pai e novamente a homenagem a Hachiko foi colocada na estação. Até hoje ela está lá, sendo um dos pontos turísticos mais famosos da região e local de encontro de amigos que moram na cidade de Tóquio.
Anualmente na estação existe uma festa para relembrar a lealdade do cachorro, algo que os japoneses admiram demais. Além disso, a História de Hachiko foi contada em diversos lugares, mas ganhou bastante destaque no filme estrelado por Richard Gere, chamado Sempre ao Seu Lado.
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Enfim, essa é a história de Hachiko, o mais leal dos cachorros, um símbolo do grande amor que existe entre humanos e seus animais!


domingo, 11 de novembro de 2012

O poder incontestável da música



Pare um pouco e ouça ao seu redor: o que você escuta? Provavelmente diversos sons. Sendo que cada um deles exerce uma influência sobre nós, alguns incomodam, outros acalmam e tranquilizam. Com o passar do tempo, esses sons começaram a ser traduzidos para diversos tipos de músicas, até evoluírem e chegarem aos dias de hoje - ambiente, clássica,  rock, sertanejo, pagode... E uma infinidade de outros tipos. Sejam elas apenas ruídos ou a melodia mais harmoniosa já composta pelo  homem.
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música é usada como uma das principais formas de comunicação. É uma linguagem universal, já que com ela podemos transmitir muito do que sentimos. Quando ouvimos uma música agitada, por musicexemplo, sentimos algo como uma adrenalina no corpo e seguimos o ritmo dela. Não obstante, quando ouvimos uma música calma, sentimos vontade de ficar quieto e, às vezes, até dormir. Mesmo assim acho que as que mais mexem conosco são aquelas que estão ligadas às nossas memórias. Tenho certeza de que muitos podem dizer uma melodia que lhes marcou.
Além dessas características, a música também pode reger o nosso cotidiano. Note o ritmo da música que toca em sua academia, é para seu treino ter um maior rendimento, e o mesmo vale quando a ouvimos correndo ou, até mesmo, quando trabalhamos ou estudamos. Sem falar que ficamos mais relaxados, menos tensos.
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Mas isso, cientificamente, tem explicação. Todo tipo de som possui uma frequência específica, e tudo o que é matéria possui uma frequência de ressonância. Quando escutamos uma música, o nosso próprio corpo reage a ela e ressoa em harmonia com ela. Isso ativa o nosso emocional, inconscientemente, e transforma nossos momentos.
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Portanto, a música pode sim exercer certo controle sobre as pessoas. Quando vamos a um lugar que tenha muita gente, repare que geralmente há uma música ambiente ao fundo. Por quê? Porque o aglomerado de vozes costuma espantar as  pessoas de um local e a melodia ao fundo ameniza esse problema. Do mesmo que, quando a música é mudada para uma mais agitada, ela causa um desconforto como um todo e nos faz querer sair logo do local.
Enquanto ela, de um lado, pode servir como segregadora de grupos - algumas vezes tentamos evitar certos grupos porque escutam certas músicas - de outro ela permite o tratamento de distúrbios mentais, como o autismo, e ainda pode tratar de amnésias quando ela ativa uma memória  de seu passado.
Quando pensávamos que a música era apenas mais um detalhe em nossa vida, ela se mostrou mais forte. Não devemos encará-la como algo que pode fazer parte de nós, mas sim como algo que faz.

A música é mesmo fantástica, não acha?